quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sofrimento dos animais


Esse é um tema que sempre volta às cogitações. Por que sofrem os animais? Como entender as doenças que afetam esses seres que fazem parte de nossa vida, estão sujeitos às nossas ações humanas, muitas vezes cruéis, e demonstram carinho, ternura, gratidão?
Existem várias obras e estudos sérios sobre animais à luz do Espiritismo. Entre os autores clássicos, destaca-se Ernesto Bozzano; entre os autores atuais Marcel Benedeti e Eurípides Kuhl são os mais destacados, com excelentes obras que o leitor pode pesquisar em nossas distribuidoras. Também a Dra. Irvênia Prada, professora catedrática e médica veterinária da USP, tem proferido excelentes palestras e seminários sobre a questão espiritual dos animais, tendo já disponível um DVD e um livro com a temática. No portal youtube igualmente podem ser encontradas excelentes abordagens com a citada autora.
É um tema muito atraente, motivador.
Na revista Reformador, da FEB, edição 2.179, ano 128, de outubro de 2010, em excelente artigo publicado com o título As doenças podem ser evitadas?, de A. Merci Spada Borges, encontramos importante material para reflexão. Após analisar com profundidade a causa das doenças humanas – em sua grande maioria decorrentes de nossas condutas e do peso das emoções – Merci adentra o campo dos animais e indaga: 
“(...) como entender as doenças que afetam os animais? Que débitos tem eles com as leis divinas, se não possuem raciocínio, e, portanto, não são responsáveis por seus atos?” (...)”.

Destaco ao leitor trechos parciais e notáveis para reflexão e estudo do citado artigo:

a) Para os animais, as doenças funcionam como fenômenos naturais, que colaboram com a lei de destruição e transformação da matéria a que todos os seres vivos estão sujeitos.
b) As doenças e anomalias despertaram o interesse científico e isso é produtivo pois, de uma forma ou de outra, trará benefícios, não só para os animais, mas também para a população terrena.
c) É importante observar que o sofrimento dos animais é avaliado pelo teor do sofrimento humano. Quem pode garantir que eles sofrem como os humanos?

A questão em destaque abre perspectivas que a própria abordagem amplia. Vejamos o raciocínio apresentado:

a) Eles não têm preocupação com estética, não são preconceituosos, não têm consciência de suas anomalias, adaptam-se facilmente ao meio, não se preocupam com o futuro e muito menos vivenciam o terror pela invalidez e morte como os seres racionais.
b) A dor moral, expiatória e duradoura não afeta os animais.
c) Infelizmente, há um elemento que contribui para o sofrimento deles: o próprio homem.

Pensamentos, palavras e atitudes agressivos emitem energias deletérias que contaminam o ambiente e, como dardos envenenados, atingem todos os seres vivos presentes no raio de atuação.
É importante que o leitor busque o texto na íntegra, que breve deverá estar disponível no portal da FEB.
Para concluir, destaco ao leitor, também extraindo do próprio artigo:

“(...) O Espírito Emmanuel esclarece: Os produtos teratológicos constituem luta expiatória, não só para os pais sensíveis, como para o Espírito encarnado sob penosos resgates do pretérito delituoso. Quanto aos animais, temos de reconhecer a necessidade imperiosa das experiências múltiplas no drama da evolução anímica (...)”.1

E conclui a matéria:

“(...) Está nas mãos do homem contribuir para o alívio e evolução dos animais e do próprio homem. Entretanto, uma boa parte, indiferente e agressiva à Natureza, dedica-se às queimadas, à caça e à pesca predatória, à escravização dos irracionais; mal sabem eles que estão na mira infalível da lei de causa e efeito (...)”.

Nesta como em outras questões, vemos a amplidão do pensamento espírita que oferece campo de estudo e pesquisa para todas as áreas do conhecimento humano.

1 - A citação de Emmanuel, transcrita no artigo e aqui novamente reproduzida, é do livro O Consolador, questão 39, psicografia de Chico Xavier, edição FEB.

Orson Peter Carrara
orsonpeter92@gmail.com

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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Aqueles que creem em mais Espíritos não são os Espíritas


Tudo no Universo é bipolar, com um oposto complementando o outro. A corrente elétrica positiva precisa da negativa. E nos seres vivos é notória a complementação sexual oposta recíproca entre eles, sem o que não haveria a conservação e propagação das suas espécies.
Quanto aos opostos espírito e matéria, o espírito humano encarnado está impregnado do corpo, que está também impregnado do espírito, formando os dois o homem, que, em sua essência, é o espírito imperecível ou imortal, que habita temporariamente o corpo. O espírito distingue-se da matéria por ser um ser que tem inteligência, enquanto que a matéria não a tem, embora a matéria se torne intelectualizada enquanto o espírito está nela encarnado, como ensina Kardec. A inteligência é do espírito e não do cérebro, que é um instrumento da manifestação do espírito.Exemplificando: A inteligência vem do espírito através do cérebro, como a água de nossas casas vem da mina através do cano, ou como o som procede da emissora de rádio através do rádio. Se o cérebro estiver doente, é óbvio que a inteligência do espírito não pode manifestar-se normalmente, como a emissora de rádio não pode ser ouvida através dum rádio estragado.
Kardec perguntou a uma entidade: “Influem os espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?” A resposta foi: “Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.”(Questão 459, de “O Livro dos Espíritos”, de Kardec), o que confere com o ensino paulino: “A nossa luta não é contra o sangue e a carne, mas contra as potestades do mal.” (Efésios 6,12) Os cristãos não espíritas, de um modo geral, creem em anjos como sendo uma categoria diferente de espíritos, e nos demônios como sendo também outra categoria de espíritos. Ademais, os cristãos, com suas doutrinas antigas influenciadas pelas mitológicas, geralmente, tomam erroneamente o diabo, satanás, satã etc. como sendo espíritos, quando não o são. Apenas os demônios são espíritos.Diabo (diábolos em grego), satanás e satã significam adversários e acusadores. São adversários dos espíritos que somos, pois eles são as nossas faltas ou pecados, que são contrários à nossa evolução espiritual e moral. Jesus só tirava das pessoas demônios ou espíritos impuros (ainda não purificados). Mas nunca Jesus tirou satanás, diabo ou satã de alguém.
Os anjos são espíritos humanos superevoluídos. Há também os anjos maus (demônios) ou espíritos humanos atrasados. Isso está de acordo com a Bíblia, pois a Hermenêutica nos mostra que demônios (“daimones” em grego) significavam almas na época em que o Novo Testamento foi escrito. Também na Literatura Grega da época dos autores do Novo Testamento e dos séculos anteriores àquele tempo, “daimones” são almas humanas dos mortos.E porque Jesus só tirou demônios maus das pessoas, essa palavra passou a ser entendida só como espírito mau.
Há um ensino que afirma que quando alguém ora em línguas, é o Espírito Santo da Trindade que ora. Mas são Paulo diz que é o próprio espírito do indivíduo que ora em línguas.(1 Coríntios 14,14). E para Deus, o Pai dos espíritos (Hebreus 12,9), os teólogos cristãos, salvo as exceções, entre elas os teólogos espíritas, criaram e sustentam três espíritos para um só Deus, o que é um prato cheio para os materialistas fazerem chacotas contra o espiritualismo, prejudicando o cristianismo e incrementando o materialismo.
Creiamos em espíritos, mas com moderação!


Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundasfeiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site: www.otempo.com.br - Clicar colunas. Ela está liberada para publicações. Seus livros: “A Face Oculta das Religiões”, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail: jreischaves@gmail.com - Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147.

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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

E o fim do mundo em 2012?


Para início de conversa e para citarmos referências mais expressivas, relembramos as famosas previsões MAIAS (2000 a.C a 900 d.C), as profecias de Nostradamus (1503 – 1566) e Malaquias (1094 – 1148), sem nos preocuparmos aqui com dados biográficos ou históricos que deixamos ao leitor pesquisar, para trazer aos leitores algumas reflexões sobre o suposto “fim do mundo”, alardeado agora com a aproximação do ano de 2012, que gerou inclusive um filme.
Além dessas previsões históricas, trechos do Velho e Novo Testamento, a NASA e expressivos nomes da ciência no planeta têm se dedicado com empenho para estudar fatos extraordinários que vêm se verificando – desde as alterações climáticas que estão alterando a vida na Terra, cujo eixo de equilíbrio está sofrendo mudanças, até o surgimento misterioso, da noite para o dia, de mensagens codificadas estampadas ou esculpidas (os chamados crop circles, que o leitor vai localizar em abundância por meio de pesquisa na internet, detectados principalmente através do conhecido programa Google Earth) no solo e nas plantações por meio de desenhos gigantescos em áreas extensas de cultivo agrícola – , há também o fato da explosão do número de satélites lançados ao espaço para pesquisa aeroespacial e a aceleração na construção de abrigos subterrâneos, preservação e estocagem de sementes, demonstrando que as transformações em ocorrência não se devem apenas a coincidências ou misticismo nas profecias.
O notável astrônomo Carl Sagan (1934 – 1996), em esforços somados com outros expressivos nomes da Astronomia, e a NASA lançaram em 1974, por meio de ondas de rádio, para o cosmo infinito, um cartão com informações codificadas de nossa localização no sistema solar, o desenho da forma humana, entre outros informes. Depois de 28 anos, em 2002, surgiu ao lado de um dos gigantescos telescópios que a ciência dispõe em todo o planeta para pesquisa astronômica, esculpido no solo em plantações – da noite para o dia –, e também codificado, em resposta ao cartão enviado em 1974, e também com informações sobre localização, formato humano – que difere um pouco de nossa aparência, com a cabeça maior –, entre outras, deixando claro que uma inteligência desconhecida, distante ou próxima do planeta, supostamente respondeu. Decodificada, foi possível traduzir para o inglês, cujo conteúdo convida os seres humanos para uma transformação para o bem.
Sugiro aos leitores pesquisarem na internet, pois inviável alongar aqui com transcrições e outras argumentações e citações que o assunto comporta. Referidas pesquisas podem ser efetuadas especialmente através do portal www.youtube.com.br e mesmo por meio do www.google.com.br
Por outro lado já existem estudos da ciência com indicações que detectam um planeta ou estrela gigante que se aproxima da Terra, em ciclo normal nas viagens dos corpos celestes, como ocorre com o cometa Halley que periodicamente nos visita. No caso em questão, da estrela ou planeta que se aproxima, o tempo de vir e voltar é de milênios, o que deve ocorrer novamente nos próximos anos, independente de ser 2012, 2020 ou mais adiante. A temática ocupa tanto os interesses da ciência que plataformas de observações já estão sendo instaladas no Pólo Sul, onde referido corpo celeste será avistado primeiro.
Interessante porque previsões e citações de variada origem classificam referido corpo celeste com nomes bem conhecidos, como planeta destruidor, planeta chupão, higienizador, entre outros, de espiritualistas, profetas, místicos, etc.
O assunto não deve alarmar ninguém. O mundo não será destruído fisicamente, mas está maduro para uma nova era de progresso moral. É o fim de um ciclo, o ciclo do egoísmo, das guerras, da fome, e a implantação de um ciclo novo, de fraternidade, de solidariedade real, superando o egoísmo para agir com bondade, destinado para aqueles que aprenderam a perdoar, que aprenderam a ser melhores no comportamento.
Os eventos em ocorrência são advertências que funcionam como convite para que reflitamos mais, observarmos com atenção, sairmos da acomodação e pesquisarmos mais, e nos lançarmos à melhora de nós mesmos.
Não há o que temer, mas há sim a necessidade do aprimoramento moral para merecermos permanecer ou retornar do planeta, que será promovido para um estágio de amadurecimento e progresso muito mais marcante do que o que hoje conhecemos.
Estamos preparados para o futuro? O assunto, dispensando ameaças ou medos, convida à reflexão com lógica e bom senso. Homens e mulheres da ciência, nações e previsões estão a confirmar os fatos que já deixaram de ser mera coincidência ou informação mística, alertando-nos que algo bom está a ocorrer, transformando o mundo, mas precisamos merecer isso... E isso depende de cada um, dentro de si.

E a Doutrina Espírita? O que diz?

É justamente sob a ótica espírita que a empolgante temática ganha realidade de coerência e lógica. Basta buscar os livros da Codificação Espírita. Convidamos o leitor à pesquisa e busca pelo menos em três das expressivas obras publicadas por Kardec:

a) O Livro dos Espíritos:

Esta obra basilar, que condensa os princípios fundamentais do Espiritismo, pode ser pesquisada principalmente nas questões 55 a 58 (pluralidade dos mundos), 172 a 188 (encarnação nos diferentes mundos) e especialmente a questão 1019, que aborda especificamente a transformação da Humanidade;

b) O Evangelho Segundo o Espiritismo:

A terceira obra da Codificação, na totalidade do incomparável capítulo III – Há muitas moradas na casa de meu Pai, cujos textos mostram a coerência da revelação espírita;

c) A Gênese:

Exatamente com o subtítulo Os Milagres e as Predições, o livro apresenta nos capítulos 26 a 28 abordagens específicas sobre o tema ora destacado, principalmente se buscarmos a clareza dos últimos textos: Sinais dos Tempos e A geração nova.
Optamos pela renúncia de quaisquer transcrições, pensando em estimular o leitor a ampla pesquisa, tanto na internet quanto nas referências citadas acima dos livros de Kardec.
O fato final, todavia, é que a transformação é inevitável – por força da Lei de Progresso – ainda que sejamos resistentes. Para sabermos se merecemos permanecer no planeta de regeneração que se avizinha, por conseqüência natural do amadurecimento, a dica é consultarmos o Evangelho de Jesus para ver se nossa conduta, ações, comportamento, decisões e escolhas enquadram-se no respeito e amor ao próximo – em toda sua extensão –, na fraternidade e no trabalho contínuo para o bem geral, inclusive no bem próprio, onde a esperança, a autoestima, a coragem e a iniciativa se fazem presentes para que o amadurecimento integral vai se efetivando gradativamente.
Aprendemos a perdoar? Aprendemos a devolver o que recebemos ou não nos pertence? Temos sido mais tolerantes e resignados? Temos sido mais confiantes? Já renunciamos aos apegos de toda ordem? Temos sido mais altruístas e generosos? Ainda guardamos melindres, ressentimentos e mágoas? São muitos questionamentos, mas as respostas para tais questionamentos são de foro íntimo. Afinal, cada um vive sua própria história...

Orson Peter Carrara
orsonpeter92@gmail.com

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terça-feira, 9 de novembro de 2010

O aborto é também uma violação da lei divina da reencarnação.


Tudo no universo está encadeado e em constante transformação. O que é velho caminha para o novo, como a natureza da planta velha passa para a natureza da planta nova, que da velha surge, ou tal qual a crisálida que vira borboleta. “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.”(Lavoisier).
Biologicamente, o velho é em estado potencial o novo, o vir-a-ser.
A visão metafórica paulina da ressurreição é também assim. O corpo velho corruptível, como o é a semente, é colocado na terra. Da velha semente podre sai a planta nova. O espírito imortal, que se torna, moralmente, incorruptível, deixa seu corpo velho corruptível e ressurge em um outro corpo novo. Mas assim como a vida da planta nova veio da vida da planta velha (a semente), o corpo novo tem a vida (o espírito) do corpo velho. O novo tem, pois, sempre algo de velho, do qual provém.
Aliás, o velho tem que ser mesmo velho ou maduro, para se tornar novo no ser novo gerado por ele. O novo é o velho ressurgido, como o filho é os pais ressurgidos. “O que foi, é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer: nada há, pois, novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos que foram antes de nós.”(Eclesiastes 1, 9 e 10). Nesse nada do autor bíblico, inclui-se, obviamente, o espírito, que é imortal e que já habitou outros corpos nos séculos passados.
Os espiritualistas cristãos, ou seja, os católicos, os evangélicos e os espíritas são contrários ao aborto. As exceções são poucas. Os materialistas ou pouco espiritualistas não se incomodam com a possibilidade da criação de uma lei brasileira que descrimine o aborto.
Os defensores do aborto dizem que a mulher tem o direito de abortar, pois o corpo é dela. Mas nem a vida dela é dela, e menos ainda a vida do filho dela é dela! Os espiritualistas que mais abominam o aborto são os adeptos da reencarnação. E sem ela, todas as crenças ficam vulneráveis, transformando-se num trampolim para o mergulho do indivíduo nas águas turvas e profundas do materialismo.
Muitos cientistas materialistas estão descobrindo Deus pela reencarnação, que tem o respaldo de vários segmentos científicos da ciência espiritualista, que é superior à materialista parcial e que é meiaciência, pois que estuda só a matéria, enquanto que a espiritualista é também acadêmica e pesquisa não só a matéria, mas igualmente o espírito. E é o espiritismo que nos mostra o quanto é grave o aborto, que, além de ser um assassinato, interrompe a programação reencarnacionista do espírito, a qual é o meio que ele tem para continuar a sua evolução em busca da sua perfeição semelhante à de Deus.
O aborto, realmente, além de ser um assassinato, viola a lei divina da reencarnação, que é um fenômeno que Deus criou para as ressurreições do espírito, também na carne, pois só com uma encarnação, não dá nem para nós começarmos a nossa jornada evolutiva sempiterna!

Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site www.otempo.com.br Clicar colunas. Ela está liberada para publicações. Seus livros: “A Face Oculta das Religiões”, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail: jreischaves@gmail.com - Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147.

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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A Paz de Jesus


“Deixo-vos a paz, a minha paz vos
dou: não vo-la dou como o mundo
dá. Não se turbe o vosso coração,
nem se atemorize”
João, 14:27

Em tese, o homem deseja a paz, porém, quando detém o poder, promove a guerra.
Os líderes de massas proclamam a união e a concórdia, entretanto, suas proposições são desagregadoras e conflitantes com o objetivo de harmonia e paz.
Vêem-se em todos os lugares os entrechoques de opiniões egoísticas, o arrebatamento de vaidades mal dissimuladas, a incontida manifestação da prepotência aliada ao uso e ao abuso do direito pela força em detrimento da força pelo direito.
A humanidade sofre, chora, desespera-se.
Onde encontrar a paz almejada ?
O mundo move-se na efervescência de disputas ambiciosas, agita-se num torvelinho de interesses escusos e de paixões aviltantes.
Muitos dos que poderiam trazer a tranqüilidade e a esperança de um futuro melhor inoculam na alma do homem o vírus da dúvida ou o veneno do temor, apontando dois absurdos extremos como os pontos finais da jornada do homem aqui, na Terra:

1-) um céu beato, maçante, de perenal ociosidade e de infindo estado contemplativo, incompatível com o Criador que jamais se fez ocioso. Observemos o ensinamento de Jesus contido no Evangelho de João, capítulo 5, v. 17: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”;

2-) um inferno em perpétua ebulição, de suplícios eternos, diametralmente oposto ao bom senso, antítese da bondade e da justiça de Deus.

Nada obstante, o homem pode alcançar a paz, não a paz fantasiosa que o mundo oferece, mas a paz de consciência do dever cumprido, a paz de espírito daquele que busca no Evangelho o roteiro seguro, a paz de quem tem Jesus como modelo e que, reconhecendo-se em erro, esforça-se para corrigir-se.
A Doutrina Espírita mostra-nos que, por meio das vidas sucessivas, das múltiplas experiências nos mais diversos estágios evolutivos, Deus - AMOR, BONDADE e JUSTIÇA infinitos - dá-nos sempre novas oportunidades para chegarmos à condição de Espíritos puros, o que não é possível alcançarmos em uma única encarnação.

Felinto Elízio Duarte Campelo

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