Certamente todos nos lembramos das práticas horríveis do
nazismo, na II Guerra Mundial, onde a loucura de um homem pretendia criar uma
raça pura e forte.
Parece coisa primitiva, mas... foi ontem, há 70 anos
atrás!!!
Em pleno século XXI, o Homem vive as maravilhas da
tecnologia, que muito tem contribuído para o seu bem-estar, e melhores
condições de vida no planeta Terra.
Este mês (Fevereiro de 2016), em Portugal, um jornal
semanário dava destaque a uma petição a favor da eutanásia, assinada por cerca
de 100 pessoas, consideradas "ilustres" na sociedade.
Apelam ao direito de morrer com dignidade, como se morrer,
fosse indigno.
Apela-se ao fim do sofrimento, como se o sofrimento não
fosse uma presença contínua, na vida de todos nós.
Porque matar os idosos que sofrem, e não os jovens ou os
adultos saudáveis, com vários tipos de sofrimento?
Entende-se este ponto de vista, quando o Homem, tendo
perdido o Norte de Deus, e vivendo dentro do paradigma materialista (o
materialismo foi morto pela Física, ao declarar que não existe matéria, mas sim
energia em vários estados), pense que a eutanásia é a saída limpa do
sofrimento.
Tola ilusão...
Em meados do século XIX, apareceu a Doutrina dos Espíritos
(Espiritismo ou Doutrina Espírita) que veio demonstrar, à saciedade, que somos
seres imortais, que a vida continua além da morte do corpo de carne, e explicar
o porquê da dissemelhança de oportunidades nesta vida, tendo em conta a Lei da
Reencarnação, e a consequente Lei de Causa e Efeito.
Hoje em dia, não é possível alegar desconhecimento, pois,
este abunda ao som de um clique, no teclado de um computador.
Investigadores e cientistas de todo o mundo, não espíritas
na sua maioria, têm vindo desde meados do século XIX até aos dia de hoje, a
comprovar as teses espíritas.
Não sendo o Homem senhor da Vida, não tem o direito de
decidir pela morte deste ou daquele. A legislação humana, retrata, de certo
modo, o seu estado evolutivo, espiritualmente falando.
O estudo sério e sistemático da Doutrina Espírita, dá ao
Homem
uma compreensão holística da Vida, fazendo-o entender do
porquê da vida, suas dissemelhanças e as consequências dos nossos actos nesta
vida,a repercutirem-se em vidas posteriores.
Estudando a doutrina espírita (que não é mais uma seita nem
mais uma religião) verificamos que a dor, diversificada, aparece como factor
auto-correctivo para o ser humano, propiciando-lhe assim, nesses momentos,
longos e fecundos momentos de meditação, sobre os valores reais da Vida, e qual
o objectivo da mesma.
A pessoa que, de livre vontade, se mata pelo processo da
eutanásia, entra no mundo espiritual na grave condição do suicida, e os médicos
que o matam, mesmo que "legalmente", de acordo com as leis dos
homens, assumem o ónus de homicidas, ónus esse do qual não se furtam, pois que
radicam na sua consciência. Uns e outros, voltarão noutra reencarnação, com
dolorosos processos de culpa, quando não marcados por dolorosas limitações
físicas, como acontece com a maioria dos suicidas.
Quando se tenta liberalizar o aborto, como condenar Hitler?
Quando os médicos aconselham mães a abortar porque foi
detectada uma anomalia num determinado gene do bebé, como condenar Hitler?
Quando se pretende "legalizar" a matança de
doentes terminais, sob a pretensa dignidade de morrer (como se a dignidade
dependesse do estado exterior do corpo carnal), como condenar Hitler?
Conta-se, que certo dia uma mãe adentrou o consultório do
seu ginecologista. Desempregada, com um filho de 5 anos, estava grávida e,
tendo em conta a vida difícil do ponto de vista monetário, queria abortar, pois
dizia não conseguir criar sozinha dois filhos. O ginecologista fez então a
seguinte proposta: se abortasse, corria risco de vida, quer a mãe, quer o bebé.
Assim sendo, seria mais lógico matar o filho de 5 anos e deixar nascer o bebé.
A mãe saiu furiosa, porta fora...
Afinal... onda estava a diferença?
Seria útil que os nossos legisladores, médicos, políticos,
governantes, estudassem espiritismo, como já acontece em muitos países, a fim
de melhor entenderem quem somos, de onde viemos, o que estamos na Terra a
fazer, e para onde vamos após o decesso físico.
Matar?
Jamais,... seja qual for o pretexto...
Jamais,... seja qual for o pretexto...
José Lucas