Os fenômenos com
espíritos só ocorrem através de médiuns. Todos nós temos um pouco de
mediunidade. Mas para que haja esses fenômenos, tem que haver um médium
especial por perto. E esses médiuns especiais são uma minoria. Daí se ouvir
muito a afirmação: Eu não acredito em assombrações ou fatos que envolvem
espíritos, porque nunca vi nada nesse sentido. Ademais, os líderes religiosos
cristãos sempre esconderam dos seus fiéis a verdade da comunicação bíblica com
os espíritos, dizendo que isso é impossível e até que é pecado. E, com isso,
ajudaram a engrossar a fileira dos cépticos e de sua filosofia materialista.
E atentemos para o fato de que as pessoas, que
fazem pesquisas e estudos nessa área são também poucas. E, às vezes, até fazem
isso às escondidas, com medo, pois os líderes religiosos ensinavam também que
essa prática, além de pecado, era perigosa. Na verdade, os líderes religiosos
não queriam que as pessoas estudassem esses fenômenos espíritas, porque elas
acabavam virando espíritas. E a consequência de tudo isso é que apenas uma
insignificante porcentagem dos estudiosos desse assunto e os médiuns dão
crédito a esses fenômenos de manifestações dos espíritos. E assim, acontecia o
que já dissemos, a grande maioria falava e fala frequentemente: Eu não acredito
nessas coisas, porque nunca vi nada envolvendo espíritos ou fantasmas!
Mas hoje, a coisa é diferente. É o que disse o
Mestre dos mestres: Nada ficará oculto (Mateus 10: 26), ou seja, com a evolução,
a verdade, um dia, chegará para todos. A Igreja já não ataca mais o
espiritismo, pois os padres sabem das coisas, já que estudam muito. E as
pessoas de hoje são mais esclarecidas. Daí que a grande maioria dos católicos
de cidades grandes e de porte médio frequentam casas espíritas, e são mais
numerosas nelas do que os próprios espíritas, não faltando nelas também a
presença de um crescente número de protestantes e evangélicos. E um detalhe,
essas pessoas são geralmente as de melhor nível de instrução de acordo com
pesquisas da Fundação Getúlio Vargas, ou seja, desembargadores, juízes,
promotores de justiça, médicos, advogados, engenheiros, jornalistas,
psicólogos, antropólogos, professores universitários, membros do alto escalão
político e da alta hierarquia militar. E, discretamente, até bispos, padres e
pastores frequentam as casas espíritas.
O cristianismo teve
início com a comunicação do Espírito desencarnado de Jesus, que, ressurgindo do
mundo dos mortos, apareceu, primeiramente, a Maria Madalena.
São Paulo, o primeiro autor do Novo
Testamento, converteu-se ao cristianismo na Estrada de Damasco, quando Jesus,
depois de sua morte, lhe apareceu em forma de uma luz tão brilhante, que o
deixou cego e desmaiado. Depois, Paulo foi curado por Ananias em Damasco, pois
Jesus apareceu também a Ananias, dando-lhe instruções para curar Paulo.
E não só o cristianismo surgiu com fenômenos
mediúnicos ou que envolvem espíritos: Maomé, fundador do Islamismo, não sabia
ler nem escrever. Mas pela sua mediunidade psicofônica, o Anjo Gabriel ditou o Alcorão escrito por
seus auxiliares.
E anjo é espírito humano de alto nível de evolução.
Aliás, o próprio nome do Anjo Gabriel, em hebraico, quer dizer “homem
iluminado”, o que nos demonstra também que ele, já naquela época, era mesmo um
espírito muito evoluído!
PS:
II Congresso Espírita Internacional de Madri (Espanha), “Um Mundo Novo”, de 16
a 18 de setembro de 2016. Contato: progresoespiritismo@gmail.com
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José Reis Chaves
Prof. de português e literatura aposentado formado na PUC Minas / Escritor e jornalista colunista do diário O TEMPO, de Belo Horizonte / Palestrante nacional e internacional espírita e de outras correntes espiritualistas / Apresentador do programa “Presença Espírita na Bíblia” da TV Mundo Maior / Participante do programa “O Consolador” da Rádio Boa Nova / Tradutor de "O Evangelho Segundo o Espiritismo", de Kardec, para a Editora Chico Xavier. E autor dos livros, entre outros, "A Reencarnação na Bíblia e na Ciência" e "A Face Oculta das Religiões", Editora EBM, SP, ambos lançados também em inglês nos Estados Unidos.
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